Agora parece que eles estão realizando o seu maior esforço na tentativa de desbancar o Facebook.
Na terça-feira, o Google lançou um serviço de rede social chamado o projeto Google +, bastante parecido com o o Facebook.
A nova rede social, por enquanto, está disponível somente para um seleto grupo de usuários do Google, que estão realizando testes na plataforma.
Outros usuários também estão podendo participar, desde que sejam convidados pelas pessoas que já estão testando a novidade do Google.
No novo serviço, as pessoas vão poder publicar, compartilhar, ler e comentar as atualizações de status, fotos, vídeos e links, da mesma forma como acontece no Facebook.
Mas o projeto Google + vai ser bem diferente, para que o Google consiga convencer as pessoas a usarem ainda mais uma rede social.
Ele foi criado para compartilhar com os grupos, como colegas, companheiros de quarto ou amigos de caminhada e não com todos os amigos ou a internet inteira.
Ele também oferece mensagens de texto de grupo e vídeo chat.
Bradley Horowitz, vice-presidente de gerenciamento de produtos do Google, que está liderando os esforços nas redes sociais da empresa, afirmou:
“Na vida real, temos paredes e janelas.
E eu posso falar com você sabendo quem está na sala.
Mas no mundo online, quando você usa a caixa ‘Compartilhar’, acaba compartilhando com o mundo todo”.
“Nós temos um modelo diferente”, disse ele.
Quando se trata de redes sociais, o Google se encontra numa posição incomum.
E os motores de busca da internet, que são seus concorrentes, sabem muito bem disso.
O Google sempre cria serviços que dominam o mercado.
Será que o Google + vai ser capaz de enfrentar o Facebook de igual para igual?
A estréia do Google + vai realmente testar se a líder absoluta, que atingiu o maior sucesso entre todos os buscadores vai conseguir superar o seu passado em termos de redes sociais.
Ou, do contrário, se tropeçar mais uma vez nessa área, a empresa vai acabar tendo que lidar com um dos seus maiores desafios.
Em jogo está o status do Google como a porta de entrada mais popular da web.
Quando as pessoas postam no Facebook, que na maior parte das vezes está fora dos limites dos motores de busca, o Google acaba perdendo informações valiosas que poderiam beneficiar a sua pesquisa Web, publicidade e outros produtos.
Mas o Google + pode ter chegado tarde demais.
Em maio, 180 milhões de pessoas visitaram sites do Google, incluindo o YouTube, em comparação com 157,2 milhões no Facebook, de acordo com a comScore.
Os usuários do Facebook visitam 103 bilhões de páginas e gastam uma média de 375 minutos no site, enquanto os usuários do Google visualizam 46,3 bilhões páginas e gastam 231 minutos.
Os anunciantes prestam muita atenção aos números da internet.
Principalmente pelo fato de que as pessoas vão cada vez mais ao Facebook e a outros sites sociais como o Twitter para fazer perguntas que costumavam fazer ao Google, como uma recomendação para um restaurante ou um médico.
Analistas dizem que os usuários do Facebook dificilmente vão duplicar a sua rede de amigos no Google + e postar em ambos os sites, mas devem usá-lo para diferentes tipos de comunicação.
O Google + também pode atrair grupos do Facebook que enfrentam um certo desconforto ao compartilhar publicamente.
Especialistas também afirmam que ao saber mais sobre seus usuários individuais, o Google poderá melhorar todos os seus produtos.
Anúncios, pesquisas web, YouTube e mapas poderão ser beneficiados porque o Google vai aprender o que as pessoas gostam e eventualmente, personalizar os produtos.
Larry Page, co-fundador do Google, lamenta a falha da empresa em alcançar a liderança nesse mercado e passou um tempo trabalhando com a equipe desde que se tornou presidente-executivo, em abril.
Depois desta mudança, será que finalmente o Google vai conseguir enfrentar o Facebook de igual para igual?
Só com o passar do tempo nós vamos descobrir se o Google + vai conseguir ofuscar a influência que o Facebook exerce na internet.